Repletos de ecos de dialectos que não entendemos
estrangeiros, nos mesmos becos incorrectos
um descomeço que inicia de novo no compasso
com um adereço sentimental, de um recomeço ideal
- o meu amuleto: o teu peito. levo-o no bolso.
Escrevo quem sou para ver se descubro
ou se me transformo.
As palavras não dizem tudo, no silencio...
...ouve-se mais,
é nele que nos encontramos de novo,
a cabeça, pesa, de novo.
Será que podes falar do passado sem o trazer ao teu encontro?
Será que podes falar do que fizeste sem estar outra vez no
poço?
A água não te limpa, chora-te
A dor não te cura, transforma-te
Pouco resta neste presente, presente neste lugar
O sitio que me fez ser peregrino…e abalar
Ir…sempre ir…navegar
Não afundar.
E na recta final? Só conta o que feliz, fiz mal?
Ou pesa o preço que paguei para sempre?
Erros aos 20 que se pagam durante sessenta
Quando aos quinze achas que o amor tem 40
Esse afecto que agora entendes um dia não fará sentido
E quando deres por isso – o seu fim sempre esteve decidido
Destino? Ou livre arbítrio vivido?
Somos emigrantes da tristeza (fugimos do país que nos dói cá
dentro)
Somos embaixadores da mágoa (que representamos em todo o
perímetro)
Pode ser que um dia, tudo isto tenha piada…
Até lá… mantenho-te como a minha morada.
...aos sessenta ainda não aprendemos com os erros!:) escreve mais! bjs TZ
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