Volto a este sentimento onde me reconheço e estou
confortável. Sei que já aqui estive.
Volto devagar aqui, a este sítio que afinal sempre foi a minha casa.
Entro de mansinho, como quem tem medo de saber o que vai encontrar. A cama por
fazer, ou desfeita de propósito, nunca entendi. As roupas à espera de serem
gastas pelo corpo. Os cadernos espalhados na secretária, companheiros das noites longas.
A desarrumação usual que te caracteriza, e a mim, me
desconcerta.
O mesmo cheiro a cigarro apagado. O teu quarto, sempre ligação
entre ti e o mundo, e o que te vai na alma. Ainda és tu, agora e sempre. Eu sei-o. Eu é
que não sei se tu ainda és um bom lugar para eu viver.
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