Olha para nós… Anda um ano para trás – salta o fim da
amizade, salta as lágrimas, salta as discussões. Já lá estás? Lembro-me de
esperar ansiosamente pela meia-noite para ser a primeira a felicitar-te.
Lembro-me de engendrar a prenda ideal para te dar. Lembro-me de procurar as
palavras ideais para pôr no facebook – talvez fútil, mas afinal, estava tão
feliz de estar a teu lado que queria partilhá-lo com o mundo. Lembro-me de
discutir com a minha mãe para que me deixasse estar contigo.
Olha para nós agora… Uma mensagem de telemóvel breve com ‘’um
beijinho’’ no fim, como quem não vai continuar a conversa, como quem não vai
dizer mais nada… como quem não tem mais nada a dizer. E a tua resposta,
igualmente curta, confirma-me o meu mau humor de hoje. Não é por mais nada, é
porque me apercebi de como – mas que grande cliché – o tempo passa. É, ele
passa, rápido! Fugaz! Nem o agarras… A vida renova-se, ficam uns, vão outros,
nem sempre por nossa própria escolha, mas porque tem de ser. Não faz mal, é
assim. Vai continuar a ser. Talvez para o ano mude tudo outra vez, e já nem me
lembre que dia é. E sabes que mais? Não faz mal. É sinal que cresci, é sinal
que as minhas células se regeneraram e tu, produto velho da minha memória, não
foste retocado, renovado. Por agora, espero que mais um ano te traga mais
sabedoria, e as pessoas certas a teu lado. Ou então as erradas, que fazem todos
parte.
Olha para nós… que te lembres com todas as partes boas, e,
como eu, muito carinho. Porque apesar de tudo o que correu mal, ainda corremos
muito bem umas quantas vezes.
Não digo isto com tristeza, nem fome de mais… Digo isto como
quem pega num álbum cheio de nostalgia, pronto a receber novas fotos. Parabéns…
Ps: se estiveres a ler isto, não é para ti.
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