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11 de julho de 2013

faço tudo de novo

Sei que noutra altura
Fui tua
E como nesta,
Noutra vida,
Fui pra rua.

É possível.

Eu sei que já te sonhei
Mas como tantas vezes,
Acordei e
não estavas mais nos meus olhos.

É possível.

Já estivemos aqui
Um no outro
Debaixo das estrelas
Alinhados pelas constelações
Que desenhaste nas minhas mãos.
À segunda, terça ou sábado
Ao sol e ao frio
À noite e à tarde
Já fizemos tudo isto.

Já estivemos aqui
Esta casa já foi nossa
Já desarrumámos os lençóis
E não fizemos a cama durante 3 dias
E também já fechaste a porta
Sem te despedir…
Já levaste as malas mas aqui estão elas:
tão desfeitas como a minha alma.

Já recebi estas cartas
Que te eram endereçadas
E duvidei entre assinalar o quadrado
‘ausente’
‘desconhecido’.
Ou
 ‘encerrado’.

Já conheço o cheiro da tua ausência
Sob a minha cara deserta
Já sei a que sabe o jantar quando não és tu a fazê-lo
Até sei engomar só a minha roupa.

É possível esquecer-te
Todas as outras foram tentativas
Falhadas
Talvez propositadas.

Somos uma série de nostalgias
E regressos que se vão embora.
Somos noções de como viver sem o outro
Que nunca se concretizam.

És inocente nas tuas saídas
Talvez eu seja a culpada das chegadas,
Mas estamos juntos na viagem.

É possível esquecer-te
Não seria o primeiro turno
Então
Porque é que desta vez

Parece tão longe?

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