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29 de setembro de 2015

amo-te ou amei-te?
como me referir a um corpo que partiu
mantê-lo por aqui ou fingir que nunca se viu?
o máximo que me aproximo é em flashbacks desfocados
tão longe da verdade
será que me esqueço de ti com a idade?
das tuas mãos sempre suadas com as preocupações que tinhas
a tua cara sempre enrugada pelas dores das outras vidas
ensinaste-me a amar, não há como voltar
e onde ponho os abraços que tinha para te dar
e que o vento me segure as lágrimas
e que eu consiga manter escondidas as garras
que me nasceram para o mundo
eles não têm culpa
não, mas eles não sabem do meu luto
e que o tempo me leve as lembranças desfocadas
se já não te posso tocar prefiro nem ver nada
tenho-te nos reflexos das minhas expressões faciais
será por isso que encontro no espelho um inimigo?
ou um abrigo
és tão bonita
lembras-te há uns anos
tinhas tanta vida
agora tu estás morta
e eu não sei o que é a vida.
sempre foste a preferida...
volta à minha vida...
sinto-a de partida.
alguém toca à campainha…


rés do chão esquerdo, 23 de maio,
domingo, na amadora

agora esta casa sabe onde o Céu mora

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