expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass' onselectstart='return false'>

28 de setembro de 2013

A Explicação de Eternidade

Se tudo o que somos, fosse guardado dentro de um carro e posto ao caminho,
A esta hora éramos o veículo espetado contra o separador central da EN 21
Que hoje de manhã ouvimos na rádio:
A previsão do nosso acidente...
Vislumbrei:
Uma mistura de excesso de mercadoria, condução perigosa
Chumbados no teste do balão.
Eles não sabem é que o nosso vício é bem mais letal
Que incidentes de álcool...
Não se vende em supermercados
Nem a menores de coração por estrear.
Memórias do banco de trás
Vislumbres do que ficou lá atrás
Essências ilícitas a embaciar o vidro:
Inspirares, suspirares
Pedaços de mim, bocados de ti
Estendidos no meio da estrada
Sem sinais de retorno.
Ainda assim e tão sem vida, a parar o trânsito;
é esse o nosso poder:
sermos muito mais do que algum dia iremos saber.
Tão mais destruídos antes do acidente
tão mais rasgados cá dentro, 
do que a nossa pele aparenta no exterior
Encontrei a resposta que fugiu de dentro da tua mão
Entrámos neste compromisso em contramão.

2 comentários:

  1. Metaforicamente, encaixas comigo.
    Aqui andamos as duas
    Fazendo o mesmo, só que não.

    Tu desse lado da compreensão,
    Vejo-te, leio-te, sinto-te.

    A mim nunca me viste,
    Não saio da minha toca,
    Não para quem sei
    Que consegue ver minha alma nua.

    Leio-te à vez,
    Um, duas, três
    Cito-te,
    Derivo de ti até (por vezes).

    Mas aqui vai uma verdade
    Que não sei se sabes:
    Ser poeta e ser Humano
    São duas linhas coincidentes.

    - A

    ResponderEliminar
  2. :) obrigada por isso! Estou cheia de curiosidade de saber que letras vêm a seguir a esse A...

    ResponderEliminar