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2 de setembro de 2013

Nem com Alzheimer

Os sonhos e os medos têm algo em comum: só ficam do tamanho que os deixemos chegar. Os meus são ambos gigantes: uns, conquistam-se; os outros, enfrentam-se. Na certeza que me acompanhas, o mundo não parece tão assustador. E ouve, temos sempre o mundo todo à espera. Hei-de ser velhinha, e tu, velhota. Com as mãos ocupadas e o corpo cheio. Cheio de vida, cheio de sítios e de pessoas, cheio de amores perdidos, amantes encontrados e borboletas ressequidas na barriga, de whiskey e de champanhe, de bolo de aniversário e de anos…tantos anos. Recheado de invernos e lareiras e chocolates quentes, repleto de água salgada e areia e de cabelo ao vento. Cheio de nostalgia… Havemos de ser velhas, usadas, gastas. E vai ser essa a nossa beleza. Com o passado nos brincos e o futuro nos bolsos. Levaremos connosco muito mais do que o que fica para trás.

Só nos damos mal quando somos iguais. E as fronteiras do que pode acontecer excedem tudo o que não deixamos por fazer. Nas nossas mentes unidas cabem todas as ondas por surfar e todos os lados para explorar. Chegamos lá um dia! A rota não está traçada mas nós descobrimos o caminho, e ainda falta tanto, tanto, que não há dias que cheguem e certamente as noites são curtas demais. Pode até começar a chover, não faz mal. Traz velas. Vamos ali. Anda dormir ao relento. Não há tenda? Dormimos abrigadas nas estrelas. Afinal, nunca chove aqui…

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