O mundo é grande, dá para nos perdermos por cá. Parecemos
procurar-nos nos outros. Não é irónico? Passar uma vida à
procura de nós, e só encontrar em outrem. Às vezes penso que não deveria ser
assim. Outras, acho que não há melhor maneira. O que é certo? O que é errado?
Como saber quando está na altura de parar?
Continuo a ser a criminosa da minha vida, sabendo que nunca
serei a mulher da tua. É que sempre tive uma atração por gostar daquilo que não
devia. És horrivelmente bom. É essa a tua maior qualidade, mas também o teu
maior defeito. O meu é não o tentar corrigir. Não ando à procura da tua
correção, não, nem tão pouco da resolução. De que me serviria mudar-te se te
quero assim mesmo, tão errado?
Dou voltas e voltas na cama e nenhum sítio me parece
suficientemente confortável. É por isso que costumo dizer que o melhor lugar
onde me sinto é em fuga. De quê?, podes perguntar. De mim, é a resposta.
Não
sei nada. Sinto-me assim. 'Sinto-me-te'. Sinto-me tua. Vês? Não há nada de novo
aqui. Ainda sou eu. Anda, vem conhecer-me. E reconhecer-me. E encontrar-te.
Tudo o que queria era que te encontrasses em mim. O problema é que em ti não encontro nada do que sou. Vês? És
tudo o que me falta.
E faltas-me.
fantástico texto... onde deste dias contrato-te para copy aqui para a agência:)
ResponderEliminar...falta-nos sempre mais alguma coisa...
beijinhos tz
Obrigada! Já há algum tempo que não me dava tanto 'gosto' em 'perder tempo' a escrever um texto... fazê-lo e refazê-lo, até encontrar as palavras exactas, certas. Beijocas :)
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