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26 de outubro de 2016

Repletos de ecos de dialectos que não entendemos
estrangeiros, nos mesmos becos incorrectos
um descomeço que inicia de novo no compasso
com um adereço sentimental, de um recomeço ideal
- o meu amuleto: o teu peito. levo-o no bolso.
Escrevo quem sou para ver se descubro
ou se me transformo.
As palavras não dizem tudo, no silencio...
...ouve-se mais,
é nele que nos encontramos de novo,
a cabeça, pesa, de novo.
Será que podes falar do passado sem o trazer ao teu encontro?
Será que podes falar do que fizeste sem estar outra vez no poço?
A água não te limpa, chora-te
A dor não te cura, transforma-te
Pouco resta neste presente, presente neste lugar
O sitio que me fez ser peregrino…e abalar
Ir…sempre ir…navegar
Não afundar.
E na recta final? Só conta o que feliz, fiz mal?
Ou pesa o preço que paguei para sempre?
Erros aos 20 que se pagam durante sessenta
Quando aos quinze achas que o amor tem 40
Esse afecto que agora entendes um dia não fará sentido
E quando deres por isso – o seu fim sempre esteve decidido
Destino? Ou livre arbítrio vivido? 
Somos emigrantes da tristeza (fugimos do país que nos dói cá dentro)
Somos embaixadores da mágoa (que representamos em todo o perímetro)
Pode ser que um dia, tudo isto tenha piada…

Até lá… mantenho-te como a minha morada.

1 comentário:

  1. ...aos sessenta ainda não aprendemos com os erros!:) escreve mais! bjs TZ

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