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24 de outubro de 2013

Clichés de meia noite

Cruzámo-nos umas vezes, nos olhos outras tantas. Mas nunca passámos de vistas. 
A verdade é que tu nem sequer me conheceste, nem eu a ti. Então porque é que deitei uma lágrima  quando soube que morreste? 
É estranho, isto fez-me pensar como tudo é tão efémero. Somos limitados a uns anos neste planeta, e por vezes tentamos perceber qual é a razão disto tudo. Tantas perguntas. Há um objectivo superior? De onde viemos? Há um equilíbrio no mundo? E a essencial: PARA QUÊ?

Ninguém nos dá explicações... por mais que perguntemos e formulemos uma solução, ninguém nos vai dar a resolução. Ninguém nos vai dizer ‘’bingo’’, chegaste à resposta certa. Não, a incógnita é a única certeza.

Sejamos realistas, e pondo em perspectiva, a verdade é que nada tem uma importância verdadeira, efectiva.
Não importa se ganhaste um nobel ou se és desempregado, não importa se estudaste toda a vida ou se foste drogado… não importa. Façamos o que fizermos, a certeza que podemos ter é essa: a morte sempre chega.

É tudo por nós. Afinal, toda a vida – por maior ou mais pequena que seja – vamos estar neste corpo, nesta cabeça, nesta mente, nestes pensamentos. Toda a vida vamos estar em nós. Então porque é que nos esquecemos disso? Pode ser cliché mas é verdade… Cedemos à pressão, vivemos à pressa. Pressa de chegar ao trabalho, pressa de ter dinheiro, pressa de ser um consumista rotinado, pressa de nos afastarmos do que importa. E no entanto, sempre à espera. À espera de ter uma certa idade, à espera que seja sexta feira, à espera que seja boa altura.

Somos frágeis viventes, equilibrados na ilusão da imortalidade. É um desafio perceber tudo isto. E aceitá-lo...bem, isso é a parte difícil. 

Nós somos passageiros. E ninguém está a conduzir. A vida é momentânea. Tudo é breve, fugaz, como uma estrela. Podes sonhar, não faz mal. Podes tudo, ou não? A quem vais dar justificações? Deus?

Mas se nada disto tivesse realmente algum significado, não nascíamos com sentimentos. E certamente eles não se faziam sentir quando alguém desnasce.

Tenho uma conclusão a apontar ainda: A vida não significa nada. Absolutamente n-a-d-a.
Isto não é pessimista. Aliás, é o mais realista que consigo ser.
Nada tem significado algum – só mistério. Daqui, que levamos? Nada. Que trouxemos? Nada. Só a ideia - tanto ou tão pouco errada - de que viemos de um sítio, e iremos para outro.

A vida é toda para nós,
a vida é boa, 
e a vida dói…quando se vai – principalmente quando não é a nossa.

AHHHHHHHH! Irritam-me estas presunções. Estas perguntas. Quero parar de ser mais um humano estúpido à procura de respostas. Somos dependentes. Para que escrevo senão para alguém ler?

PARA QUÊ?
Isto tudo faz-me comichão na alma... Tantos sentimentos dispersos ao escrever estas linhas. Pingue pongue de pensamentos dentro da minha cabeça. Tic tac sempre a soar nos ouvidos.
Conceitos, palavras, ligações pré feitas cá dentro. As 4 paredes que me limitam a alma tornam-se apertadas em noites como esta. Alma... essa é outra... Mas fica para outro dia. Já não sei quem está a falar: se é a febre ou a melancolia.